e todo caminho deu no mar

e todo caminho deu no mar
"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

terça-feira, 19 de agosto de 2014

thânatus, dá um tempo


noite

caos

nada

Não apenas no Oriente, mas aqui pelas terras americanas de Pero Vaz sem Caminhos ficou mais difícil de respirar neste último bimestre. No universo da cultura, os últimos dias foram marcados pela presença excessiva da deusa Perséfone, e o seu imaginário repleto de cortes e pedras que respiram sem prazos. O rigor da morte. Perséfone e suas máscaras aniquilam. Sua lição ensina nada sermos.

As máscaras da cultura exigem rigor perante este nada. Caos com rigor? Fernando Pessoa diz que somos contos contando contos. Hoje, nem isso, epitáfio. Epitáfio em pedra. Mine poema elegíaco. Uma nênia daquelas que tratam de assuntos tristes, quase sempre a morte, como na Primeira lição no manual dos gêneros literários. A poesia salva porque recolhe os fragmentos, disse o poeta.

Ariano Suassuna, escritor

Eduardo Campos, político

Ivan Junqueira, poeta

João Ubaldo, escritor

Lauren Bacall, atriz

Nicolau Sevcenko, professor e ensaísta

Robin Williams, ator

Vange Leonel, cantor

e

73 policiais mortos no Rio em 2014

 

 

esta tão
dura morte é ainda o
resto da minha alegria

Walter Hugo Mãe, “Poemas”



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Robin


oh captain, my captain
 
O irreverente professor John Keating, do filme Sociedade dos poetas mortos, gosta dos universos do magistério e da literatura. Em suas aulas no internato ele cita, dentre outros, Shakespeare e Walt Whitman. No ocidente, o filme de Peter Weir marcou fortemente o imaginário juvenil, e inspirou gerações de professores que começaram a lecionar na década de 80.