A cidade de Veneza representa o mito do espaço que inspira a criação. Desperta os afetos. Cidade que intensifica desejos e paixões. Produz sonhos. A partir de Veneza, o escritor Italo Calvino erigiu 52 cidades em seu livro As Cidades Invisíveis. Todas essa cidades possuem nomes femininos: Armila, Isaura, Olinda, Tamara...
Nesse livro, o viajante veneziano Marco Pólo descreve - para o rei Kublai Khan - essas cidades. As cidades do seu império. Elas são projetadas primeiro no plano onírico. São espaços sonhados. Khan sonha as cidades e manda Marco Polo conferir. Elas são agrupadas por temas como: memória, desejo, símbolos, trocas, nomes, mortos, céu...
Nesse livro, o viajante veneziano Marco Pólo descreve - para o rei Kublai Khan - essas cidades. As cidades do seu império. Elas são projetadas primeiro no plano onírico. São espaços sonhados. Khan sonha as cidades e manda Marco Polo conferir. Elas são agrupadas por temas como: memória, desejo, símbolos, trocas, nomes, mortos, céu...
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A leitura dessas cidades deixa várias lições. Sugere questões como estas: o que é que uma cidade faz com os sonhos e desejos de quem a atravessa? Quais tipos de memórias a cidade propõe para os seus habitantes? Quais formas e gestos a cidade nos leva a fabricar (no corpo e na mente)?
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Ferreira Gullar diz ser a cidade São Luiz, onde nasceu, a sua doença. Para Clarice Lispector, a primeira verdade está na terra e no corpo de cada um. A cidade número 1 é, portanto, a verdade e a doença de cada um. Cada um tem a verdade e a doença de onde nasceu. Seja Caraúbas ou Natal, Juiz de Fora ou São Paulo (que aparecem no vídeo), Atlântida ou Pasárgada...
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