"Filme Socialisme" (2010) é uma bela homenagem ao livro, ao silêncio e a contemporaneidade. Por isso o filme de Godard é repleto de máquinas, ruídos e inúmeras alusões ao passado político e social.
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Numa das imagens singulares, um garoto com menos de 8 anos diz estar "acolhendo uma paisagem de outrora", enquanto relê uma tela de Renoir.
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Em meio aos escombros, citações filosóficas e ruidos produzidos pela história, é impossivel esquecer um sorriso que comporta parte do universo e se abre em direção ao futuro.
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Se depender deste filme, haverão águas, muitas águas no futuro. Águas do mar, águas da piscina, águas da pia... Água é fonte da vida, meio de purificação e regenerescência. Por isso os hindus diziam que tudo era água.
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Nadando nestas águas, percebemos porque Godard não morre nunca. Ele nos faz mergulhar no imaginário estético produzido pelas ações políticas do ocidente. "Pobre Europa" que aprendemos a amar em meio a tantas páginas.
2 comentários:
Fiquei louca pra ver esse filme quando vi a propaganda no jornal.
É um filme para ver mais de uma vez, Mariana.
bjs
Nonato Gurgel
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