e todo caminho deu no mar

e todo caminho deu no mar
"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tião

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Itália.
Antiguidade clássica.
Um jovem oficial é perseguido por ser cristão.
Ele envolve-se numa trama que mexe com os nervos de dois imperadores romanos: Diocleciano e Maximiano.
Acerca disso, ecoam pelos tempos narrativas místicas, histórias políticas, boatos eróticos...

Morto com flechas – imagem consa(n)grada no imaginário popular – Sebastião e suas formas suaves despertam desejo de culto e sentimentos dúbios. Desconcerta em seu martírio, as imagens que misturam sedução e corte, gozo e dor, juventude e maturação. Nessas imagens dúbias, vida e morte se desnudam. Há sangue e tecido vermelho no centro do corpo. O corpo de Sebastião - tio acerca de quem se cala.

As flechas de Sebastião, seu gozo e sua sangria atravessam séculos.
Essas flechas e formas inspiram estátuas
livros
pinturas
filmes
e canções em tempos trágicos, violentos, carentes de delicadeza.
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Sebastião é Oxóssi nos cultos de influência afro. Ele divide, com Nossa Senhora da Conceição, o patronato da Portela. Ou seja: no diálogo entre a espiritualidade e o gozo, ele só perde para Santa Tereza, aquela que foi petrificada por Bernini em pleno gozo. Tudo isso numa boa. Como os soldados, os gays e os marginalizados em geral de quem, com o tempo, Tião tornou-se padroeiro. De cidades como Caraúbas e Rio de Janeiro, ele também é padroeiro.

2 comentários:

Alexandra Moraes disse...

sangue e gozo, par antigo.
e perigoso.

Nonato Gurgel disse...

gosto do seu hai cai, Alexandra.
vamos tomar café? bj