A minha porção indígena é animada. Ela manifesta-se no meu gosto por um dos primeiros artefatos criados pelos índios: a rede. Como bom nordestino, adoro rede. Para quem nasce na parte superior do país, a rede é um utensílio importante a ponto de ser personagem e tema do escritor e historiador Câmara Cascudo no livro "Rede de Dormir" de 1957.
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Por isso, muito me agrada que o universo da informática possua na palavra rede uma de suas principais identificações. Gosto da rede. Curto a sua horizontalidade, a superfície brilhante. Sou grato pelas surpresas que na rede "pescamos". Como este poeminha que escrevi mas não lembrava, e que me chega de volta pela rede - no fotolog de uma menina baiana que nunca vi, no seguinte endereço: http://www.fotolog.com.br/nessamour/48786992
Trouxe-me o mar
e tudo o que nele há:
peixe pedra alga e algo
tecido na trama do tempo
Trouxe-me o lar
numa travessia corpórea
que me faz mergulhar
em costas terrestres
Trouxe-me o ar
de sua graça marítima
e o desejo mirante
de ser rio, onda
Trouxe-me o mar
e tudo o que nele há:
peixe pedra alga e algo
tecido na trama do tempo
Trouxe-me o lar
numa travessia corpórea
que me faz mergulhar
em costas terrestres
Trouxe-me o ar
de sua graça marítima
e o desejo mirante
de ser rio, onda
3 comentários:
Rede. Sem ela, não...
Oi Nivaldete
bom vc na rede falando de rede
bj
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