"Eleição não é corrida de cavalos. Não é preciso
apostar no que vai ganhar. O que importa é votar, manifestar o desejo cívico
que mais nos represente. Da soma desses desejos sairá nosso futuro, incluindo a
eventual força opositora de perdedores. Votar branco ou nulo não é protestar. É
entregar a decisão aos outros, abrir mão de uma conquista.
Em santuários de milagreiros, salas de ex-votos
atestam a fé de quem desejou com força. Antes que passem as eleições e nosso
voto vire ex-voto num universo de promessas, lembremos que ele é uma forma de
assumir a responsabilidade pelo que vier a nos acontecer. Não vai ser culpa dos
políticos. Vai ser a soma dos que votamos."
Ana Maria Machado, O Globo, hoje
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