Hoje é o niver de Natália Simões. Além de estudar Literatura e Teatro, ela é a moça mais bonita da Glória. Por isso, transformo em post um trecho do seu comentário em torno do meu texto sobre o livro Saga Lusa, de Adriana Calcanhoto. Ouçam Natália:
Parece ser bem prazeroso, além de ter a questão da contemporaneidade e do pertencimento (quer queira ou não, a gente sempre vai tentar levar a leitura para as nossas experiências pessoais, fazendo-se reconhecer nos textos (reconhecimento este da pessoa em si ou de uma situação defrontada). Acho que o imaginar ou o pensar a literatura já está carregado dessas questões subjetivas. Eu discordo... quando dizem que a literatura é completamente independente do reconhecimento. Não sei, mas acho que vc cria em cima de uma criação. Este ato de criar não é puro, mas já está carregado de um conhecimento, de uma experiência pessoal. Quem nunca se imaginou na “pele” de algum personagem? No caso deste livro, essa pele parece estar mais “epidérmica” ao leitor moderno e “encriseado”. ... considerando esse texto da Adriana tão atual (não só por serem experiências contadas, o que dá um tom de "familiaridade", mas sim por tratar-se de coisas tão comuns ao ser humano, como o somatório de situações que podem levar o indivíduo a um surto); é possível inferir o prazer de tal leitura. Não sei se foi proposital o que vc escreveu, mas quando li a seguinte frase- "Diz muito da nossa condição doída, mas sem drama, encarando a Coisa"- , acabei não percebendo o acento da palavra doída e li como "doida". Achei fantástico, pq temos esse lado doido de encarar as coisas, e que, inclusive, é exigido pela sociedade. Quando percebi a tonicidade, achei mais legal ainda, porque remete ao sofrimento que a obrigação dessa "doidera" nos causa. É preciso ser doido sem dor (ou melhor, sem aparentá-la).
Um comentário:
NOSSAaa.... Glória ao Nonato rsrs, foi a homenagem mais linda que eu já recebi !!! Sinto-me honrada por estar incluída num dos seus posts,ainda que a simplicidade das minhas palavras esteja longe de atingir os níveis daquele lugar onde desejo estar um dia. Obrigada, sobretudo, por ser a minha referência deste lugar.
Um forte abraço!
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