I don't like: sua leitura marginal acerta minha paz. Fere meu silêncio viril. A letra desce da torre de marfim e, de olho no chão grotesco e banal onde a vida trisca e pulsa, nenhum oh! se ouve: a poesia é vivida no ato.
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Atos, fatos; não convições. A poesia está nos fatos, diz Oswald - pai dos marginais. A poesia está no copo lavado na pia, no corpo macio ao lado. Cobra laranja ligada é "bom pacaralho".
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Recolhendo os restos de leituras e conversas, esta poesia ouvida, escrita, tem o luxo de ser também vivida. Ou apenas vivenciada, como sugere Cacaso em seu livro Beijo na boca e outros poemas (1985). O texto dele é um intertexto explícito com "Poesia", de Chico Alvim, e "Antiode", de joão Cabral de Melo Neto. Reza o credo poético do mineiro cheio de lero:
Poesia
Eu não te escrevo
Eu te
Vivo
E viva nós
Eu não te escrevo
Eu te
Vivo
E viva nós
4 comentários:
Texto do mais fino trato, nada de abstrato. Plenamente concreto em sua verdade. "Bom pacaralho".
Bju querido
Gostei muito da sua leitura concreta, Vânia. bjs
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