... para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido
Fernando Pessoa, “Poesia Completa de Alberto Caeiro”
Sua pele conhecia o vigor e a violência do vento frio. Vento que erode a alma e petrifica a carne. Vento que geme o nome e dá roteiro: vou aonde a brisa me leva e não me deixo pensar.
Noite eólica. Porque atualiza e vinga, esse vento entorta raciocínios e guarda-chuvas. Lê espáduas, abre vielas. Ventania que abençôa derrubando troncos, arando corpos, chuvendo.
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