Fortaleza e varzinha repleta de frutos. Uma solidão tropical cheia de detalhes coloridos e um monte ereto que remove manhas e moinhos. Nenhuma sombra queima no entorno do farol da ilha. Com a agilidade de quem produz e anota fatos, alguns roteiros existenciais parecem prescritos no final da tarde.
Na madrugada, parodia ao vivo o primeiro título de Mário de Andrade (embora leia Oswald Canibal), indagando se a poesia salva porque recolhe a gota de quem sangra em público, em cada poema. Há no poema, na mesa e na alma tanta tinta e tanto sangue derramado do cordeiro que - dono de si e do siri - retira-se de cena com a sabedoria de quem entorna o mate, tira leite, peçonha e todos os pecados do mundo.
Na madrugada, parodia ao vivo o primeiro título de Mário de Andrade (embora leia Oswald Canibal), indagando se a poesia salva porque recolhe a gota de quem sangra em público, em cada poema. Há no poema, na mesa e na alma tanta tinta e tanto sangue derramado do cordeiro que - dono de si e do siri - retira-se de cena com a sabedoria de quem entorna o mate, tira leite, peçonha e todos os pecados do mundo.
6 comentários:
Puxa! Quanto lirismo em dois parágrafos!
Lindo!
Abraço
Obrigado José, vindo de um leitor do seu nivel é tônico.
Abraço
Nonato Gurgel
Façamos como o Augusto, imploremos ao carneiro que condene seu algoz...
"misericordiosíssimo carneiro esquartejado(...)"
De sangue e de fé
veias abertas
e coração pulsando
"misericordiosíssimo carneiro esquartejado(...)" é muito bom, minha querida, pena que as vezes o carneiro derrama, é filho da puta...rs
bj
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