Derrida não é uma biografia intelectual. Apesar disso, o autor
pontua as trajetórias acadêmica e editorial do filósofo argelino. O livro
perpassa as principais obras e alguns empreendimentos profissionais deste
filósofo que é reconhecido como um exímio leitor de, dentre outros autores,
Husserl, Hegel, Freud, Marx e Heidegger – “o filósofo que sem dúvida mais o
mobilizou” (p. 401).
Derrida não oculta os atritos e as polêmicas travadas com autores como Lacan, Foucault, Bourdieu e Habermas, dentre outros, nem as aflições de sua vida familiar. Além dessas polêmicas, o livro "traça" a carreira internacional do filósofo que tem nos Estados Unidos o principal espaço de inscrição acadêmica e midiática.
Derrida não oculta os atritos e as polêmicas travadas com autores como Lacan, Foucault, Bourdieu e Habermas, dentre outros, nem as aflições de sua vida familiar. Além dessas polêmicas, o livro "traça" a carreira internacional do filósofo que tem nos Estados Unidos o principal espaço de inscrição acadêmica e midiática.
Derrida ficou
conhecido no espaço universitário, a partir dos anos 60, principalmente por
propor a “desconstrução”. Trata-se, segundo ele, de “um modo de pensar... a
história da filosofia no sentido ocidental”. Lido, às vezes, como um autor cru,
cruel e arriscado, cuja sintaxe dilatada nem sempre ajuda, ele fez, da sua voz
suave e precisa, uma “assinatura sonora” (p. 535). Essa “assinatura” inscreve –
ao vivo, no papel, na tela – as entrevistas, conferências e, principalmente, os
seminários repletos de releituras em torno dos conceitos, dogmas e
procedimentos que servem de base para o projeto da metafísica no Ocidente.
No próximo post, uma entrevista com Evando Nascimento. Ele é ex-orientando e tradutor de
textos do filósofo argelino, como A
universidade sem condições (Estação Liberdade, 2003) e Papel Máquina (Estação Liberdade, 2004). Autor de Derrida e a Literatura (EdUFF, 1999 e
2001 – 2ª ed) e Derrida (Jorge Zahar, 2004), Evando é também professor universitário. Como escritor, ele publicou, dentre outros, Retrato Desnatural (2008) e Cantos do Mundo (2011), ambos pela Record. Além de autor, ele é, agora, personagem.
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