e todo caminho deu no mar

e todo caminho deu no mar
"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Nas tetas de Ana

I don't like: sua leitura marginal acerta minha paz. Fere meu silêncio viril. A letra desce da torre de marfim e, de olho no chão grotesco e banal onde a vida trisca e pulsa, nenhum oh! se ouve: a poesia é vivida no ato.
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Atos, fatos; não convições. A poesia está nos fatos, diz Oswald - pai dos marginais. A poesia está no copo lavado na pia, no corpo macio ao lado. Cobra laranja ligada é "bom pacaralho".
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Recolhendo os restos de leituras e conversas, esta poesia ouvida, escrita, tem o luxo de ser também vivida. Ou apenas vivenciada, como sugere Cacaso em seu livro Beijo na boca e outros poemas (1985). O texto dele é um intertexto explícito com "Poesia", de Chico Alvim, e "Antiode", de joão Cabral de Melo Neto. Reza o credo poético do mineiro cheio de lero:

Poesia
Eu não te escrevo
Eu te
Vivo
E viva nós

4 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Texto do mais fino trato, nada de abstrato. Plenamente concreto em sua verdade. "Bom pacaralho".

Bju querido

Anônimo disse...

Gostei muito da sua leitura concreta, Vânia. bjs

Eduardo Lima disse...
Este comentário foi removido pelo autor.