e todo caminho deu no mar

e todo caminho deu no mar
"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

terça-feira, 24 de maio de 2011

Leituras da Amazônia

Leitura em Foco - Literatura - 26 a 30/05/2011
Coordenação: Prof. Dra. Camila do Valle e Prof. Dr. Nonato Gurgel
Comissão organizadora: Grupo de professores de Literatura do DTL-I M


PROGRAMAÇÃO


Local: Auditório do IM

Dia 26 de maio de 2011 (quinta- feira) - 9 horas da manhã

Abertura: Prof.ª Dr ª. Camila do Valle
Palestra: A oralidade na pesquisa antropológica
Prof.ª Dr ª. Cynthia Carvalho Martins – Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)


Dia 27 de maio de 2011 (sexta-feira) - 9 horas da manhã

Apresentação: Professora Dr ª. Camila do Valle
Palestra: Entre a cidade e as ilhas – Problemas contemporâneos na Amazônia
Prof. Dr ª. Neusa Gonzaga de Santana Pressler (UNAMA – Universidade da Amazônia)


Dia 30 de maio de 2011 (segunda-feira) – 9 horas da manhã

Apresentação e debate: Prof. Dr. Nonato Gurgel
Palestra: Benjamin, Brasil, Dalcídio Jurandir
Prof. Dr. Gunter Karl Pressler (UFPA – Universidade Federal do Pará)

Encerramento: Prof. Dr. Nonato Gurgel e Valéria Correia Lourenço


As inscrições para o I Leitura em Foco: " Leituras da Amazônia" encontram-se abertas de 19/05/11 a 26/05/11. Os interessados em participar do evento deverão encaminhar seus nomes completos ao email: 

sábado, 21 de maio de 2011

Lucchesi na ABL

Autor de cerca de 25 titlulos publicados, o escritor e professor Marco Lucchesi é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras. A seguir, destaco o trecho de uma bela entrevista concedida pelo poeta em 2003. Nesta entrevista, o deserto é definido como "fábrica de metáforas", podendo ser lido como um dos grandes "personagens" da narrativa literária e existencial do autor de Os Olhos do Deserto (2000) e O Dom do Crime (2010).

 ...
Nonato Gurgel: Na América de Baudrillard, o deserto aparece como crítica (uma crítica extática da cultura, um signo extático do desaparecimento) e aparece também como  forma (a forma da viagem, uma estética do deslocamento). Em seu livro Saudades do Paraíso, você sente uma nostalgia da forma, enquanto no livro Os Olhos do Deserto, o deserto surge como simulacro. Falando do deserto, diz a voz que narra neste texto: "Fora dele, não sei viver senão por metáforas". Por que o deserto como signo recorrente e referente desta poética?

Marco Lucchesi: Comecei durante anos navegando em mares dantescos. E me deparo sempre mais com as vastas extensões da areia. Nessa espécie de salto meta-ôntico, percebo a fragilidade e a abertura infinita, que imagens como noite, deserto e mar guardam dentro de si. Minha busca do deserto foi e tem sido eminentemente poética, que tangencia claramente questões outras como as de ordem teológica, lingüística e política. No entanto, a centração ou a supercentração de tudo isso se resolve num ambiente do que os futuristas russos consideravam como Literaturnost (literariedade). Só posso responder enquanto me dou conta deste núcleo, desse arranjo, desse tema dominante. Percebo claramente uma espécie de recusa diante do mesmo e me encontro muito à vontade dessa maneira baudrillardiana de encarar essa dialética. O deserto é uma fábrica de metáforas.

...
A experiência do deserto me marcou de modo irreversível. Passei longas temporadas solitárias, parte das quais foram evocadas em Os Olhos do Deserto, que cobrem experiência de quase uma década. Não há dúvida que o deserto guarda inúmeros sortilégios e desafios epistemológicos. A experiência do deserto é uma experiência muito dura, da qual regressei com uma forte pneumonia (porque vale lembrar que o deserto é frio e que não tenho o physique de rôle de um herói clássico). Os desertos que mais me impressionaram com sua força, que diríamos mística, foram o da Mauritânia e o da Síria. As grandes vastidões, o sentimento do infinito, a nostalgia do mais se entrecruzam nesses espaços marcados de abismo. Não tenho certeza se consegui ou não meu Interlocutor. Mas sei que a experiência da nudez essencial abriu caminhos de sensibilidade, que se tornaram como o Deus dantesco intraduzíveis, inefáveis, irrepetíveis.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Leituras da Amazônia

UFRRJ - IM - DTL - Curso de Letras

Leitura em Foco - Literatura - 26 a 30/05/2011
Coordenação: Prof. Dra. Camila do Valle e Prof. Dr. Nonato Gurgel
Comissão organizadora: Grupo de professores de Literatura do DTL-I M


PROGRAMAÇÃO

Dia 27 de maio (sexta-feira) - 9 h da manhã
Abertura: Prof. Dra. Camila do Valle
Palestra: "Entre a cidade e as ilhas – Problemas contemporâneos na Amazônia"
Prof. Dra. Neusa Gonzaga de Santana Pressler (UNAMA – Universidade da Amazônia)

Dia 30 de maio (seguna-feira) – 9 horas da manhã
Apresentação e debate: Prof. Dr. Nonato Gurgel
Palestra: "Benjamin, Brasil, Dalcídio Jurandir"
Prof. Dr. Gunter Karl Pressler (UFPA – Universidade Federal do Pará)


Monitoria: Danielle Viegas

sábado, 14 de maio de 2011

Canudos na Glória

Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?
- O que eu vejo é o beco.

Manuel Bandeira,"Poema do Beco"


Como outras paisagens cariocas, a Glória é um espaço relevante na obra do escritor pernambucano Manuel Bandeira. Na crônica “A festa de N. S. da Glória do Oiteiro",  publicada do livro "Crônicas da Província do Brasil" (livro editado em 1937 e 2006), Bandeira registra, mais uma vez, a sua relação memorial e afetiva com este bairro do Rio. Neste texto, o autor inscreve figurações do sertanejo no bairro onde morou os escritores Mário de Andrade e Pedro Nava, através de alumbradas lembranças, como esta:  

"Lembro-me bem do largo da Glória e da praia da Lapa da minha meninice: um desenho de Debret. Desapareceu o casarão do mercado que servia de caserna e despertou o interesse público quando abrigou por algum tempo as jagunças e os jaguncinhos trazidos de Canudos .”

domingo, 1 de maio de 2011

Livro que traumatiza e vinga

Acaba de ser publicado um pequeno ensaio de minha autoria: "Os sertões e alguma coisa do temperamento nacional”. O referido texto encontra-se na revista e-scrita do Curso de Letras da UNIABEU, Nilópolis, v. 2, Número 4, Jan.- Abr. 2011.


Resumo: Leitura de "Os Sertões", de Euclides da Cunha, atentando para as práticas culturais produzidas no espaço e no corpo do sertanejo, cujos reflexos podem ser lidos no imaginário e no “temperamento nacional”.


Palavras-chave: "Os Sertões"; Euclides da Cunha; Antonio Conselheiro; Imaginário; Corpo; Espaço.


Para ler o texto completo, acesse o PDF no link abaixo:
http://www.uniabeu.edu.br/publica/index.php/RE/article/view/105