e todo caminho deu no mar

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"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

sexta-feira, 18 de março de 2011

"Orféu Negro"

Filho de um economista com uma antropóloga professora, ele foi criado entre livros e filmes. Como a mãe, ele é fã do "Orféu Negro" - filme baseado na peça "Orféu da Conceição", de Vinícius de Moraes, e dirigido pelo francês Marcel Camus.

Obama estudou Direito e Ciências Sociais em Harvard e Columbia. Trabalhou como professor. Deseja menos dores e narrativas bélicas na internet e nas bibliotecas da América. Tem sorriso firme e humor suficiente para comparar-se ao vira latas que procurava para a filha em 2008, quando assumiu o cargo como primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

Aos 50 anos, a biografia deste Nobel da Paz ostenta uma vida em trânsito. Viveu na Indonésia e no Havaí. Viu, pegou e tirou ondas. Muitas ondas. Ouvido treinado por Males Davis e U2, assume que tragou. Sua imagem negra e afirmativa aciona o exercício da diferença aferido em assertivas tipo "Eu adoro esse cara", referindo-se ao ex-presidente Lula.

Ao contrário de Bush, ele vê além das diferenças raciais na América em crise: "não há um EUA branco e outro negro, e sim os Estados Unidos da América". No Rio de Janeiro, Flamengo e Vasco duelam para entregar suas camisas ao presidente que chega neste sábado. Em português, seu nome conjuga o verbo amar no presente do indicativo e no imperativo: ama.

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