e todo caminho deu no mar

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"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Obama

 
 
Filho de um economista com uma antropóloga, ele foi criado entre livros, filmes e peças de teatro. Como sua mãe, ele é fã do "Orféu Negro" - um filme dirigido pelo francês Marcel Camus, baseado na peça "Orféu da Conceição", de Vinícius de Moraes.

Obama foi professor. Estudou Direito e Ciências Sociais em Harvard e Columbia.  Deseja menos dores, menos narrativas bélicas na internet e nas bibliotecas da América. Tem sorriso firme e humor suficiente para comparar-se ao vira latas que procurava para a filha em 2008, quando assumiu o cargo como primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

Aos 52 anos, a biografia deste Nobel da Paz ostenta uma vida em trânsito. Viveu na Indonésia e no Havaí. Viu, pegou e tirou ondas. Muitas ondas. Ouvido treinado por Males Davis, Bruce Springsteen e U2, o presidente assume que tragou. Negro lépido e afirmativo, sua imagem  aciona o exercício da diferença e aponta para um roteiro histórico e cultural bem mais solidário. Isso pode aferido em assertivas tipo "Eu adoro esse cara", referindo-se ao ex-presidente Lula em 2009.

Ao contrário de republicanos como Bush e Romney, o democrata autor de "A origem dos meus sonhos" vê além das diferenças raciais na América em crise: "não há um EUA branco e outro negro, e sim os Estados Unidos da América". Por isso ele diz ser o presidente de todos os americanos. Em português, seu nome remete à conjugação do verbo amar no presente do indicativo e no imperativo: ama.
 
Como escreveu hoje Arnaldo Jabor nO Globo, "se o Mitt for eleito, voltará a grande máquina careta onde todos se encaixam como parafusos obedientes, uma máquina que paraliza o presente num passado eterno..."

Obama bis.

 

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