Rio, tarde de Junho de 2014
hospital de cardiologia de Laranjeiras
O fotógrafo morto dentro de um ônibus, em frente ao hospital federal, é a imagem da saúde no Brasil. Na tv, 31 policiais mortos, este ano, nas UPPs do Rio. Takes da nossa violência cotidiana. Imagens da rua e da tela formatam o imaginário social feito de pequenas catástrofes urbanas. Como este homem que morreu de enfarto. Em frente ao hospital de cardiologia.
A direção do hospital alega problemas de comunicação. Segundo ela, a senhora que pediu socorro não expressou, na intensidade correta, o seu pedido. A linguagem como instrumento do poder. Embora o hospital não tenha entendido a gravidade, parabéns para o motorista que parou o ônibus em frente ao hospital.
A direção do hospital alega problemas de comunicação. Segundo ela, a senhora que pediu socorro não expressou, na intensidade correta, o seu pedido. A linguagem como instrumento do poder. Embora o hospital não tenha entendido a gravidade, parabéns para o motorista que parou o ônibus em frente ao hospital.
6 comentários:
É muito triste morrer sem socorro. Ainda mais em frente a um hospital. Há casos como este todos os dias, mas é chocante sempre.
É triste. Passei em frente na hora e fiquei impressionado com a atitude da instituição.
Impotência, indignação e negligência definem os takes.
Essa negligência é a nossa vergonha, não os prazos da fifa não serem cumpridos (no final, sabemos, os prazos serão cumpridos).
Os prazos serão cumpridos e os estádios estarão prontos para a copa. Já os hospitais, vão continuar matando.
Abraço
L H
É triste mas essa é a realidade dos hospitais e funcionários, sem nenhum preparo para dar um atendimento digno e de qualidade.
Precisa de mais quantos morrerem para olharem para a população tão massacrada e desprotegida, pelos nossos governantes?
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