e todo caminho deu no mar

e todo caminho deu no mar
"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

terça-feira, 3 de junho de 2014

Laranjeiras de luto



Rio, tarde de Junho de 2014
hospital de cardiologia de Laranjeiras

O fotógrafo morto dentro de um ônibus, em frente ao hospital federal, é a imagem da saúde no Brasil. Na tv, 31 policiais mortos, este ano, nas UPPs do Rio. Takes da nossa violência cotidiana. Imagens da rua e da tela formatam o imaginário social feito de pequenas catástrofes urbanas. Como este homem que morreu de enfarto. Em frente ao hospital de cardiologia.

A direção do hospital alega problemas de comunicação. Segundo ela, a senhora que pediu socorro não expressou, na intensidade correta, o seu pedido. A linguagem como instrumento do poder. Embora o hospital não tenha entendido a gravidade, parabéns para o motorista que parou o ônibus em frente ao hospital.

 

6 comentários:

Anônimo disse...

É muito triste morrer sem socorro. Ainda mais em frente a um hospital. Há casos como este todos os dias, mas é chocante sempre.

Nonato Gurgel disse...

É triste. Passei em frente na hora e fiquei impressionado com a atitude da instituição.

Anônimo disse...

Impotência, indignação e negligência definem os takes.

Nonato Gurgel disse...

Essa negligência é a nossa vergonha, não os prazos da fifa não serem cumpridos (no final, sabemos, os prazos serão cumpridos).

Anônimo disse...

Os prazos serão cumpridos e os estádios estarão prontos para a copa. Já os hospitais, vão continuar matando.

Abraço

L H

Aguiar, Araceli disse...

É triste mas essa é a realidade dos hospitais e funcionários, sem nenhum preparo para dar um atendimento digno e de qualidade.
Precisa de mais quantos morrerem para olharem para a população tão massacrada e desprotegida, pelos nossos governantes?