e todo caminho deu no mar

e todo caminho deu no mar
"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

sábado, 25 de outubro de 2014

eleições 2014



todos soltos

I

"Prefiro votar em Dilma, combater a corrupção e ver o povo continuar ganhando, a votar no PSDB, combater a corrupção, e ver o povo perder."
 
Randolfe Rodrigues, senador (PSOL-AP), ao narrar em texto comovente, o encontro que teve, no Macapá, com uma senhora feliz após ser atendida e medicada pelo Programa mais médicos.
 

todos soltos

II
 

 
Há meses a programação da TV brasileira ficou sertaneja demais, e eu não entendia. Na Globo, por exemplo, o Fantástico virou um programa de música sertaneja e de matérias sobre natureza e futubel. A cada semana, uma dupla diferente canta "No rancho fundo" ou "Luar do sertão" com Luan Santana ou Sorocaba. É triste. Principalmente para quem lembra os musicais que o programa já exibiu, como aquele do Tom e Elis cantando "Águas de março", em Los Angeles, ou os Doces Bárbaros no Canecão, por exemplo.
 
Nada tenho contra cantores sertanejos. Confesso que curto as releituras que alguns deles fazem dos clássicos do sertão. O problema é a overdose. É audivel que a trilha sertaneja, com o decorrer da campanha, ultrapassou as fronteiras do Fantástico. Seus ritmos invadiram todos os programas desta emissora, do Altas Horas ao Esquenta, passando pelas trilhas de novelas e os programas matutinos. A qualquer hora que ligamos a TV, ouvimos um berro prolongado no ar.
 
Sabemos que música, futebol e política rimam com eleições. Agora que a campanha chegou ao final - e a maioria dos cantores sertanejos, assim como alguns jogadores de futebol, assumiram votar no Aécio - tomara que a TV Globo pense nos tímpanos dos telespectadores. E nos brinde com alguma recompensa musical que tenha na diferença o seu tom.  Um país multicultural requer outros tons. Quem sabe, um especial com João Gilberto e outros nomes da Bossa Nova e da nova música brasileira lembrando 20 anos sem Tom Jobim (please: nada de Michel Teló cantando "Insensatez").
 
 
todos soltos

III 


Como faz a cada véspera de eleição, uma querida tia liga de Caicó. Diz ela não curtir candidato cujo programa sugere a redução da maioridade penal, a privatização do ensino e alteração no atual sistema de cotas das universidades. Isso, sem contar com a possibilidade de termos o cantor Lobão ou o apresentador Luciano Hulk como futuros ministros da cultura.


Ao se despedir, a querida tia lembra o que disse a Dilma para o Aécio, no debate de ontem na Globo. Referindo-se ao estado de São Paulo e à seca paulista do governo tucano, a presidenta disse: "Vocês estão levando o estado a ter um programa "meu banho, minha vida". Foi isso que vocês conseguiram".
 
 
 

Um comentário:

Anônimo disse...

Todos soltos!!!