Iniciada no dia 17 de maio, a greve dos docentes das universidades federais envolve 44 das 60 instituições de ensino. Essas instituições são a base de 48 seções sindicais filiadas ao ANDES-SN. A seguir, transcrevo um texto do Comando Nacional de Greve da Andes - SN. www.andes.org.br
À SOCIEDADE BRASILEIRA
Por que os(as)
professores(as) das instituições federais estão em greve?
A defesa do ensino
público, gratuito e de qualidade é parte essencial da história do Sindicato
Nacional das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), assim como a exigência
da população brasileira, que clama por serviços públicos, com qualidade, que
atendam às suas necessidades de saúde, educação, segurança, transporte, entre
outros direitos sociais básicos.
Os(as) professores(as)
federais estão em greve em defesa da
Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de uma carreira digna, que
reconheça o importante papel que os docentes têm na vida da população brasileira.
O governo vem usando
seguidamente o discurso da crise financeira internacional como justificativa
para cortes de verbas nas áreas sociais e para rejeitar todas as demandas
feitas pelos servidores públicos federais por melhores condições de trabalho,
remuneração e, consequentemente, qualidade no serviço público.
A situação provocada pela
priorização de investimentos do Estado no setor empresarial e financeiro causa
impacto no serviço público, afetando diretamente a população que dele se
beneficia.
Os professores federais
estão em greve em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de
uma carreira digna, que reconheça o
importante papel que os docentes federais tem na vida da população brasileira.
Pela
reestruturação da carreira.
Há anos os(as)
professores(as) vêm lutando pela reestruturação do Plano de Carreira da categoria,
por acreditarem que essa reivindicação valoriza a atividade docente e, dessa
forma, motiva a entrada e permanência dos profissionais nas instituições
federais de ensino. No ano passado, o ANDES-SN assinou um acordo emergencial
com o governo, que previa, como um dos principais pontos, a reestruturação da
carreira até 31 de março de 2012. Já estamos na segunda quinzena de maio e nada
aconteceu em relação a essa reestruturação.
Para reestruturação da
carreira atual, desatualizada e desvirtuada conceitualmente pelos sucessivos
governos, o ANDES-SN propõe uma carreira com 13 níveis, variação remuneratória
de 5% entre níveis, a partir do piso para regime de trabalho de 20 horas,
correspondente ao salário mínimo do DIEESE (atualmente calculado em R$2.329,35)
A valorização dos diferentes regimes de trabalho e da titulação devem ser parte
integrante de salários e não dispersos em forma de gratificações.
Pela
melhoria das condições de trabalho nas Instituições Federais.
O começo do ano de 2012
evidenciou a precariedade de várias instituições. Diversos cursos em Instituições Federais
de Ensino – IFE tiveram seu início suspenso ou atrasado devido à precariedade
das Instituições.
O quadro é muito diferente
do que o governo noticia. Existem instituições sem professores, sem
laboratórios, sem salas de aula, sem refeitórios ou restaurantes
universitários, até sem bebedouros e papel higiênico, afetando diretamente a
qualidade do ensino.
Ninguém deveria ser
submetido a trabalhar, a ensinar ou a aprender num ambiente assim. Sofrem
professores, estudantes e técnicos administrativos das Instituições Federais de
Ensino. E num olhar mais amplo, sofre todo o povo brasileiro, que utilizará dos
serviços de profissionais formados em situações precárias e que, se ainda não
têm, pode vir a ter seus filhos estudando nessas condições.
Por isso convidamos todos a
se juntarem à nossa luta. Essa batalha não é só dos(as) professores(as), mas de
todos aqueles que desejam um país digno e uma educação pública, gratuita e de
qualidade.
A Educação pública,
gratuita e de qualidade é um direito de todos.
2 comentários:
Oi Nonato,bom dia!Sabe o que é mais louco? É olhar a pauta de reivindicações da ANDES e compara-la com as que tínhamos trinta anos atrás e perceber que nada mudou.Continuamos sendo tratados como invisíveis por uma sociedade que não prioriza o básico,que não percebe que sem educação de qualidade(não de quantidade),não se vai à lugar algum.
Que pena!
Abraços,
Anna Kaum.
Concordo com vc, Anna: sem educação não se vai...
bj
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