e todo caminho deu no mar

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"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Yúdice na UFRJ

A seguir, 4 takes construídos a partir da comunicação de George Yúdice. Ele é professor da University of Miami e autor de, dente outros títulos, A conveniência da cultura: usos da cultura na era global - livro lançado pela UFMG em 2005.

1 - Yúdice iniciou a sua comunicação ressaltando a importância dos professores e pesquisadores atentarmos para os jovens. Segundo ele, os jovens alunos devem ser inseridos "libidinosamente", já que, na sua opinião, "as mudanças culturais não estão realcionadas apenas com a cultura". Essas mudanças têm a ver com a escola e com as políticas educacionais, pois no atual contexto a cultura é lida como "prática material" (Abril Trigo).
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2 - Segundo Yúdice, a maioria dos professores não conhecem (nem se interessam) pelas práticas culturais dos jovens contemporâneos: games, youtube, blogs, chats, MP-3, música baixada no pc... Isso dificulta a interação entre mestres e alunos. Inseridos na atual "cultura do acesso", esses jovens sentem-se desinteressados com o modelo proposto pela escola .
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3 - Atentando para a importância dos suportes materias e dos produtos midiáticos na cultura, o ensaísta ressaltou "os lugares de socialização da internet". Falou das possibilidades de movimentos culturais e econômicos a partir dessas redes. Ressaltou pesquisas voltadas para a programação cultural na TV destacando, como exemplo, as relações inusitadas entre os desafios propostos pelos reality shows e a tragédia grega. O prof. citou Antígona, de Sófocles, como exemplo de um dos textos clássicos a partir dos quais é possível traçar relações entre a "experiência pessoal como encenação" e "produto comercial" e o roteiro experimental dos personagens trágicos.
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4 - Walter Benjamin e sua leitura do flanêur em trânsito pelo espaço urbano no século XX foi resgatado por Yúdice. Com base nessa leitura benjaminiana, ele tece relações com o atual contexto digital e midiático, onde novas tecnologias proporcionam o surgimento de outras sensibilidades. Segundo ele, a expressão dessas sensibilidades exige outros modos de percepção, outros meios de interação; assim como as formas perceptivas que o teórico e escritor alemão captou nas primerias décadas do século XX, através do cinema e da arquitetura.

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