... para amar, para pensar, enfim, para viver, é preciso abrir mão de algo, esquecer alguma coisa; deixar para trás, digamos assim, algum pedaço de si...
Tereza Cunha, Abrindo a porta no escuro (tese de doutorado)
... é preciso saltar na luz ainda que despreparado... Você precisa acreditar nem que seja no seu coração aceso.
Edgard Pereira, Outono Atordoado (novela)
A acção
não é
a vida
a vida é
a acção
de graças
Adília Lopes, Caras Baratas (Poesia)
Um comentário:
Algumas paisagens nordestinas serviram de cenários para o leitor que eu começava a formatar no início dos anos 80. Lembro de alguns desses cenários de leituras à beira mar, descobertos nesta ordem: Canoa Quebrada (CE), Alcântara (MA), Pipa (RN) e Trancoso (BA).
Em Canoa, li Não verás país nenhum, do Ignácio de Loyola Brandão. De Alcântara, onde li o mar cinza e triste, ficaram as lembranças dos. Lendo o Livro do Desassossego, do Bernardo Soares, em Pipa, atravessei por entre pedras o deserto das águas e fabriquei sustos até então desconhecidos.
Lembrei dessas paisagens de águas e letras porque acabo de descobrir mais um cenário de leituras que me devolve a mim: Trindade (RJ).
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