e todo caminho deu no mar

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"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

domingo, 6 de julho de 2014

copa violenta



Pancadas e quedas, sabemos, fazem parte do espetáculo do futebol. Teatro movido por altos gráficos capitalistas e discursos eufóricos ampliados por toda a mídia, o futebol está cada vez mais agressivo. Nunca vi copa mais violenta. Copa violenta sob as bênçãos dos árbitros indiferentes, burocráticos. É estranho não rolar sequer um cartão amarelo neste lance do jogador colombiano com Neymar.

No gramado, assim como na vida, são muitas as "pancadas": a vértebra partida do nosso craque, a mordida do vampiro uruguaio, a euforia dos jogadores de Gana beijando grana. Além destas ações violentas, duas outras "pancadas" deixam a copa mais triste: o baixo número de crianças negras ou pardas entrando em campo com os jogadores, e vaias.

Ao contrário do que pregam os discursos politicamente corretos, nas arquibancadas é pequeno o número de negros, assim como são raras as crianças negras que entram em campo. Vaiar o hino de um país adversário, como fizeram com o Chile, é covardia. Vaiar a presidenta, com palavrões, também é covardia, além de parecer atitude antidemocrática de rico mal educado.

Com ou sem Neymar, tendo a ter mais simpatia por quem não vaia.

 

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