Pancadas e quedas, sabemos, fazem parte do
espetáculo do futebol. Teatro movido por altos gráficos capitalistas e
discursos eufóricos ampliados por toda a mídia, o futebol está cada vez mais
agressivo. Nunca vi copa mais violenta. Copa violenta sob as bênçãos dos
árbitros indiferentes, burocráticos. É estranho não rolar sequer um cartão
amarelo neste lance do jogador colombiano com Neymar.
No gramado, assim como na vida, são muitas as
"pancadas": a vértebra partida do nosso craque, a mordida do vampiro uruguaio, a
euforia dos jogadores de Gana beijando grana. Além destas ações violentas, duas outras
"pancadas" deixam a copa mais triste: o baixo número de crianças
negras ou pardas entrando em campo com os jogadores, e vaias.
Ao contrário do que pregam os discursos
politicamente corretos, nas arquibancadas é pequeno o número de negros, assim como
são raras as crianças negras que entram em campo. Vaiar o hino de um país
adversário, como fizeram com o Chile, é covardia. Vaiar a presidenta, com
palavrões, também é covardia, além de parecer atitude antidemocrática de rico
mal educado.
Com ou sem Neymar, tendo a ter mais simpatia por
quem não vaia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário