e todo caminho deu no mar

e todo caminho deu no mar
"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Primavera

Um amigo poeta e professor recorta trechos do meu texto "Caio 68", publicado na Revista Terceira Margem 19, UFRJ. Diz ele por e-mail:
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Selecionei esses trechos de seu artigo, muito bom!, sobre Caio 68, que me tocaram direta ou indiretamente:


* Trata-se de um imaginário que elege o desejo como algo produtivo e que contém elementos técnicos e maquínicos...

* O século XX, dando mais ênfase à visibilidade e, portanto, bem mais cinematográfico do que literário...

* Como Clarice, ele filia-se a uma linhagem literária onde a repercussão dos fatos e as possibilidades epifânicas da linguagem dizem geralmente muito mais que os próprios fatos da narrativa.

* ...os põe em contato com o lado romântico e desejante de cada um em plena modernidade irônica.

* Quem também escancara a marca desse discurso da perda e do desencanto oriundos em grande parte da quebra das utopias e do fim dos projetos grupais...

* Seus personagens decidem plantar morangos em pleno edifício metropolitano. São gestos e coisas de quem, como leitor de Clarice Lispector, acredita em “pequenas epifanias”. A partir dessa crença cria-se outra visibilidade. Outras categorias de visão. Outras formas de traçar roteiros.

* ... engendrando esta narrativa do olhar invisível. São eles: a melancolia lusa, a sensualidade afro-tropical e algumas gramas da dramaticidade espanhola, seus “vendavais de ciúmes e impulsos homicidas”...

* Eles sabem que para colher o sim dos morangos, é preciso remover o mofo do olho, o fungo do corpo e ter fé no musgo da paisagem, como leciona a narrativa do olhar invisível.

Um comentário:

Anônimo disse...

lin-do!!!