Um amigo poeta e professor recorta trechos do meu texto "Caio 68", publicado na Revista Terceira Margem 19, UFRJ. Diz ele por e-mail:
.
Selecionei esses trechos de seu artigo, muito bom!, sobre Caio 68, que me tocaram direta ou indiretamente:
* Trata-se de um imaginário que elege o desejo como algo produtivo e que contém elementos técnicos e maquínicos...
* O século XX, dando mais ênfase à visibilidade e, portanto, bem mais cinematográfico do que literário...
* Como Clarice, ele filia-se a uma linhagem literária onde a repercussão dos fatos e as possibilidades epifânicas da linguagem dizem geralmente muito mais que os próprios fatos da narrativa.
* ...os põe em contato com o lado romântico e desejante de cada um em plena modernidade irônica.
* Quem também escancara a marca desse discurso da perda e do desencanto oriundos em grande parte da quebra das utopias e do fim dos projetos grupais...
* Seus personagens decidem plantar morangos em pleno edifício metropolitano. São gestos e coisas de quem, como leitor de Clarice Lispector, acredita em “pequenas epifanias”. A partir dessa crença cria-se outra visibilidade. Outras categorias de visão. Outras formas de traçar roteiros.
* ... engendrando esta narrativa do olhar invisível. São eles: a melancolia lusa, a sensualidade afro-tropical e algumas gramas da dramaticidade espanhola, seus “vendavais de ciúmes e impulsos homicidas”...
* Eles sabem que para colher o sim dos morangos, é preciso remover o mofo do olho, o fungo do corpo e ter fé no musgo da paisagem, como leciona a narrativa do olhar invisível.
Um comentário:
lin-do!!!
Postar um comentário