e todo caminho deu no mar

e todo caminho deu no mar
"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

sábado, 11 de janeiro de 2014

Seridó, Seridós


 
foto: Ailton Medeiros

 
O título deste post é uma homenagem ao livro de Moacy Cirne, que faleceu hoje, e que li na semana passada em Natal. O volume foi editado em 2013, por Abimael Silva, e dele destaco o seguinte trecho que ratifica a identidade urbana e sertaneja do autor seridoense: "...o sertão, faca e bala, existe dentro do sertanejo através de alfenins, alpendres e lonjuras."
 
Professor da UFF, autor de inúmeros títulos relacionados aos quadrinhos e à indústria cultural, o tricolor Moacy contribuiu, através de sua produção estética e acadêmica, para a leitura e a construção do imaginário e da cultura potiguar. Ele inscreveu, principalmente, o re-finado e belo sertão de Caicó, onde nasceu em 1943, saboreando iguarias, lendas e banhos de bica deste país onde, segundo ele, o capitão Marvel viveu aventuras infindas. Raíz e antena em ação, ele foi também um autor representativo das vanguardas poéticas do século XX, sobretudo do poema/processo.
 
No diálogo que empreende com autores e livros, Moacy utiliza, como epígrafe de Seridó, Seridós, uma citação do escritor Oswaldo Lamartine, que considero um dos textos mais belos da literatura sertaneja. Diz o autor de Em alpendres d´Acauã - Conversa com Oswaldo Lamartine de Faria: "Cada vivente tem o seu sertão. Para uns são as terras além do horizonte e para outros, o quintal perdido da infancia ...".

 
 

Nenhum comentário: