Foi só o tempo que errou.
Renato Russo
para os mestres Ilza Matias,
Luiz Alberto e Fernando Vieira,
gauches no país do magistério
Luiz Alberto e Fernando Vieira,
gauches no país do magistério
Dado à dor e à disciplina
à liberdade no confronto
entre a loucura e o amor
ele ouvia ecos bíblicos à liberdade no confronto
entre a loucura e o amor
tinha mania de eleger
era máquina de optar
Destemido quanto à língua
e o pau pra fora no palco viveu a vertigem de ser
livre gauche incendiado
do afeto perdeu os prazos
luz e cinzas sobre o Rio é
Preveu o só o caos tocou
fogo nos mitos bebeu
o mar aberto a tempestade
o que vem é perfeição
minha laranjeira verdefogo nos mitos bebeu
o mar aberto a tempestade
o que vem é perfeição
animal que lodo sou
Fênix que ao voar devora
o tempo e trilha sonora é
do Brasil redemocratizado
releu ruínas sacras e cinzas
o livro dos dias e o sopro
do dragão na ceia dos sonhos
Natal/Rio, 20 de julho de 2014
4 comentários:
vc diz "animal que lodo sou", eu digo "animal que lobo sou".
bj
Gosto do lobo, mas o lodo reune dois reinos em um so ser, e remete ao verde das laranjeiras. Conhece essa canção do Renato?
“É a verdade o que assombra, o descaso o que condena, a estupidez o que destrói.”
Parabéns, caro amigo, pela sensibilidade explicitada no poema, e obrigado pela alusão ao meu nome.
"entre a loucura e o amor"
o curto-circuito desconfortante.
beijo,
Monique
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