Como quem adia os prazos foi, aos poucos, retirando minhas bengalas antigas. Dilatou espaços. Quando vi, tinha alcançado o vão principal. Corri ao jardim temendo as ervas daninhas. Surpreso, ouvi na manhã clara um cheiro bom.
Com a ciência de quem transforma nesga de rio em braço de mar, elegeu-me administrador periférico do corpo, e dos subúrbios de sua alminha escura decepada por antigos matutos. Jardinheiro que desconhece a próxima safra, contento-me agora, do alto desta colina, em colher os pés, os sovacos, grãos de alguma crença. Não deixo que as pragas penetrem a escuridão dos ouvidos.
Onde a covardia deixa de ser lei, uma mão alcança a costela, e nenhum tapa recebe a cara ou o chão em sinal de desistência.
Com a ciência de quem transforma nesga de rio em braço de mar, elegeu-me administrador periférico do corpo, e dos subúrbios de sua alminha escura decepada por antigos matutos. Jardinheiro que desconhece a próxima safra, contento-me agora, do alto desta colina, em colher os pés, os sovacos, grãos de alguma crença. Não deixo que as pragas penetrem a escuridão dos ouvidos.
Onde a covardia deixa de ser lei, uma mão alcança a costela, e nenhum tapa recebe a cara ou o chão em sinal de desistência.
.
Soares Ponte
Nenhum comentário:
Postar um comentário