“Seu sonho realizado, exposto ao voyeurismo desejante de milhões, totalmente projetado na realidade que o cercava, tornou-se de fato o pesadelo da regressão humana ao polimorfo perverso das origens de todos nós, metamorfoseado em espetáculo, hipersensível para todos, sem mais dimensão de intimidade ou interioridade.
...O sonho foi acompanhado universalmente em tempo real.
... Este novo Frankestein espetacular, que realizou em sua metamorfose milionária e sinistra o estatuto autoritário da técnica, do dinheiro e da mercadoria sobre o corpo humano e sobre as relações do sentido das coisas, acabou por virar, e revelar, o pesadelo americano...”
Tales Ab’sáber, “Ruínas do pop”, Folha de São Paulo, 5 de Julho de 2009
Um comentário:
Ele se tornou um simulacro de si mesmo... As razões são complexas demais para serem atribuídas apenas à circunstância 'americana'. Filhos 'mercadorizados', há-os às centenas no Brasil e em outras partes. Mas não chegam a ser famosos. Talvez o pai de Michael tenha feito com ele o que fizeram com o assum preto, cantado por L. Gonzaga. Sei não, amigo... É estranho...
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