e todo caminho deu no mar

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"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

quinta-feira, 9 de julho de 2009

"Não tenho medo da morte"


Washington, 22/06/08. Segundo Wisnik, esta música "...é uma límpida afirmação de que a canção universal está viva". Ela lembra as antigas e belas toadas/baladas dos tempos de Refazenda (1975) e Refavela (1977): "Morrer deve ser tão frio/ quanto na hora do parto" ("Aqui e Agora").

Desde o corpo no chão de "Domingo no Parque" (1967), a temática da morte é recorrente nesta poética. Na década de 1980, no auge de sua safra musical, Gil compôs "Então vale a pena" (gravada por Simone) onde diz: "Se a morte faz parte da vida/ E se vale a pena viver/ Então morrer vale a pena/ Se a gente teve o tempo para crescer/ Crescer para viver de fato/ O ato de amar e sofrer/ Se a gente teve esse tempo/ Então vale a pena morrer".

Gil parece ser o único autor da música brasileira que compôs uma canção cujo título é "A morte". A letra começa assim: "A morte é rainha que reina sozinha".